Origem das eleições





Voto é Cidadania


A primeira eleição, em nosso país, data de 1532. Esta foi convocada por seu donatário, Martim Afonso de Souza, visava à escolha do Conselho Administrativo da Vila São Vicente. Por sua vez, somente votava “os homens bons”, aqueles que tinham uma linhagem familiar de posse ou participante da burocracia do poder.
Em 1821, houve eleição brasileira na escolha de representantes para as Cortes Gerais. Em 1824, com a outorga da Constituição, ocorreu a definição das normas eleitorais. Votar era uma obrigação; porém, o voto era censitário, conforme preceituava Carta Política da época, em seu artigo. 94, inciso I, que não podia votar:
I. Os que não tiverem de renda liquida anual duzentos mil réis por bens de raiz, indústria, comercio, ou emprego.
E, mais uma vez, a plebe estava excluída do pleito. Nota-se que, até o fim do Império apenas, 1,5% dos brasileiros tinham direito a votar.
O voto direto para presidente e vice ocorreu pela primeira vez, para Prudente de Moraes, em 1891.
Por outro lado, o voto feminino, ganha direito, em 1932 e que só foi exercido em 1935, mas em razão da ditadura de Vargas (1937 – 1945), as mulheres somente votaram em 1946.
Além disso, a ditadura de Vargas e o período militar de 1964 a 1989 houve a privação do voto para presidente por nove vezes, neste contexto, dos 34 presidentes, somente 16 elegeram pelo voto direto.

Após, a supra informação histórica, observa-se que em nosso país a participação popular muitas vezes foi restringida, e agora que há oportunidade, é preciso assumir o dever. Assim, nestas eleições, vamos às urnas, e participar apaixonadamente como se fosse uma final da Copa do Mundo. Para aqueles que não apreciam o futebol vamos votar como se fosse um grande prêmio para a cidadania.
Temos que fazer de cada eleição um verdadeiro show para a democracia. Votar é um compromisso que vale vidas, que vale medicamentos, hospitais, salários decentes, moradia, educação, meio ambiente, cultura e lazer etc. Só existem os vales esmolas (bolsa família, vale gás, vale leite e outros vales) pela omissão participativa da sociedade. Na democracia quem faz, o país é o povo. “E cada povo tem o político que merece”
Muitos são àqueles que criticam os edis do Congresso e afirmam que são ladrões, porém, o político não veio de outro planeta, ele saiu do nosso meio. Se alguns não cumprem o papel de legislar e governar com honestidade, no momento do voto é o instante propício para desembarcá-los do poder. No momento do pleito, não há discriminação, o voto tem o mesmo valor para todos.
É importante que a política seja discutida, assim como, discutem-se os temas do cotidiano. Se há políticos corruptos, porque muitos são os que lavam as mãos e foge do compromisso de cidadão. A expressão que muito se houve: ”Odeio política! Os políticos são ladrões!”.
Destarte, é graça ao comodismo de muitos, que temos algumas sanguessugas do erário público, é preciso que depositamos nas urnas um voto consciente, pois este vale um país de qualidade de vida. No país democrático se faz a cidadania com o voto. Use esta arma e atire para acertar, caso contrário, somente daqui quatro anos é que terás outra oportunidade. Participe, o seu voto consciente garantirá à cidadania plena a todos.


JFilipe
Publicado no Recanto das Letras em 01/10/2010

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